quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Fim da trilogia “Pedras do Caminho”


Peregrinos miram Artieda: as pedras do
Caminho Aragonês

Não é possível ignorar que desde a última postagem, imediatamente abaixo, percebi, senti, avaliei e reavaliei algumas dezenas de sinais, que aguardo e persigo para me orientar sobre o projeto de minha quinta peregrinação a Santiago de Compostela.
Um desses sinais, por sinal inquietante, veio após minha querida filha Juliana ler o referido texto e prever, com certa incredulidade, que talvez, quem sabe..., em junho de 2015 eu poderia trocar a prometida viagem a Los Angeles, onde fixou residência desde que foi admitida no seleto BAR da Califórnia, para me reencontrar no Caminho de Santiago.
Outro sinal, ou uma sequência de sinais, me abateu logo em seguida, desde o momento em que recebi a confirmação da Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, que o salão nobre de seu magnífico casarão branco, na avenida da praia do Boqueirão, estará a minha disposição em 14 de março de 2015 para lançamento do último volume da trilogia “Pedras do Caminho”.
Denominado “Busca sem fim no Caminho de Santiago”, o livro completa a saga iniciada com “Meu encontro no Caminho de Santiago”, lançado em março de 2013, e que teve o segundo momento em abril passado, com “Sentido do perdão no Caminho de Santiago”. Enquanto o primeiro narra a peregrinação feita em 2009 pelo Caminho Francês e o segundo, a de 2010, pelo Caminho Português, “Busca sem fim...” foca o Caminho Aragonês, peregrinado em 2012.
O evento, contudo, também apresentará o primeiro volume de uma nova série, denominada “Descobrindo novos Caminhos”, que relata a peregrinação realizada em junho do ano passado pelo Caminho Sanabrês. Ou seja, em vez de um, serão lançados dois livros sobre o Caminho de Santiago – o que, convenhamos... é bom sinal!
Pois então, a partir de confirmada a reserva do belo espaço de cultura, fui contemplado com outros sinais, sintetizados em manifestações de amigos empresários, alguns dos quais confirmaram apoio mediante a liberação de recursos – que serão somados para que possa contratar a impressão dos exemplares e custear diversos itens de infraestrutura.
Claro que, embora lamente e entenda a negativa de empresários amigos que estiveram presentes nas versões anteriores, continuo aguardando o apoio de outros (os interessados podem enviar e-mail para luizferraz@uol.com.br) para que seja possível preparar um evento agradável, rico em detalhes, e que leve os presentes a emocionar-se e surpreender-se com a mística do Caminho de Santiago!
Hoje, apesar de todo rigor cético com que procuro nortear minhas ações, tenho certeza que em 14 de março do próximo ano, um sábado, a partir das 17 horas, estarei lançando na Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, o livro “Busca sem fim”, que encerra a trilogia “Pedras do Caminho”, e apresentando a nova série “Descobrindo novos Caminhos” – em meio a um fraterno encontro de amigos com fé, peregrinos de coração, com exposição de fotos, vídeos, música galega, em clima de “Santiago é aqui!”.
Parafraseando a ladainha dedicada a Maria, desde já passo a repetir: Passa à frente, Santiago!

sábado, 15 de novembro de 2014

Aguardo sinais...

Concha de vieira encontrada na areia da praia de Santos: contundente!

“Hoje, ao despertar, 3 de junho (neste momento, já no Aeroporto Internacional de São Paulo), dia em que inicio o Caminho..., busquei sinais. Nada que me qualifique como uma vítima do TOC, aquele transtorno obsessivo compulsivo que ficou conhecido na pele do Rei Roberto Carlos. Algo místico, talvez, apenas para sinalizar que o dia será coroado de êxito, como se todos os dias não o fossem, pela simples comprovação numa primeira suspirada.
Caiu a casquinha de minha penúltima espinha do rosto! A unha do dedão da mão direita cresceu o suficiente e fez desaparecer a marca do hematoma que havia abaixo, causado por uma mordida despretensiosa da Lady! Pelo sim, pelo não, mantive a rotina e fui para o escritório trabalhar numa última (¿) (por onde anda a tecla do sinal de interrogação¿¿¿) tarefa...”.

Os dois parágrafos acima não são inéditos. Eles fazem parte do capítulo “Eu e mais...”, do segundo volume da trilogia “Pedras do Caminho”, que focou o sentido do perdão no Caminho de Santiago. O texto foi elaborado em junho de 2010, pouco antes de peregrinar o Caminho Português a Santiago de Compostela. O livro foi lançado em abril deste ano, na Casa do Trem Bélico, no Centro Histórico de Santos – e o terceiro e último volume da trilogia, denominado “Busca sem fim”, sobre o Caminho Aragonês, tem lançamento programado para março de 2015...
Lembro sempre das reflexões que me inquietavam antes do embarque para a Península Ibérica e citei o trecho porque o considero muito atual e sintetiza meu sentimento agora, quando decido sobre minhas opções de vida – e como é bom tê-las!!! –, deixando aflorar com mais intensidade este meu lado místico.
Nestes dias, como naquele, estou em busca de sinais, uma busca silenciosa, que ameniza minha ansiedade, ao mesmo tempo em que a provoca, com ideias que me deixam em paz e ao mesmo tempo se projetam em desafios: chegou a hora!
“Chegou a hora?”, me pergunto constantemente: “É hora de voltar ao Caminho de Santiago de Compostela? Estou preparado para voltar à peregrinação?”.
Sigo buscando e sou inspirado por Mateus 10,9-10: "No llevéis oro, ni plata, ni dinero en el bolsillo, ni zurrón para el Camino, ni dos túnicas, ni sandalias, ni cayado; porque el obrero tiene derecho a su sustento".
Sim, haverá um dia em que seguirei meu Caminho como sugere o Apóstolo. Não sei quando será, mas não temo; e quando chegar a hora estarei preparado... apenas com uma túnica, sem sandálias, sem cajado, apenas eu, como cheguei nesta vida.
Como sempre costuma acontecer comigo quando enfrento dilemas desse tipo, persigo sinais. Uma busca que de tão silenciosa mais parece que não busco; aguardo que os sinais se apresentem. Faço o mínimo esforço, evito movimentos bruscos, não quero me parecer induzido. Afinal, admito a imponderabilidade da forma como se dará, ou se darão os avisos. Utilizo o plural, mas logo me questiono. Afinal, será um? Ah! Um já foi; talvez dois. Haverá outros? Sim, com certeza. Pois eu os espero – sem pressa, apenas atento, pois o mais provável é que seja absolutamente inédito, contundente, absolutamente irrefutável, diferente de tudo que já aconteceu, ou, pelo contrário, muito semelhante das outras vezes. Não, não é possível imaginar o que possa acontecer.
Continuo refletindo, remoendo os pensamentos, aguçando minha visão, imóvel, contemplativo, e me lembro do início do ano passado, 2013, quando vivia esta mesma boa angústia, na dúvida de voltar ao Caminho, programando peregrinar o Caminho Sanabrês. Passava os momentos de lazer me distraindo na preparação da rota: será a partir de Granja de Moreruela? Mas, como chegar a Granja de Moreruela? Em quantas etapas farei? Adotarei o desvio em Verín? Utilizarei a rota tangencial para passar, quem sabe dormir, no Monastério de Oseira?
Em 3 de fevereiro de 2013, ao reconhecer o sinal definitivo, postei em minha página no Facebook: “Muita felicidade encontrar esta pequena concha de vieira negra ao caminhar hoje à beira-mar, na Praia do Embaré, em Santos... Nem é preciso dizer qual era o principal assunto da caminhada... Nem enfatizar o inusitado do achado, não só pelo tamanho minúsculo – numa praia de 7 km de extensão –, especialmente quando se sabe que a espécie, embora encontrada em vários oceanos, é mais comum no Norte da Europa, América do Norte e Japão. Viva Santiago!”
Ora, a concha de vieira é símbolo de Santiago! O improvável encontro para mim foi definitivo, minha agonia parecia silenciar – ou pelo contrário, havia ficado mais intensa. Não, não havia mais o que esperar. Dois dias depois, em 5 de fevereiro, postei na Face: “Adquiri, hoje, o bilhete para Madri, de onde sigo para Zamora, de trem, para peregrinar o Caminho Sanabrês a Santiago de Compostela, em junho. Pronto, falei!”
Tudo correu bem no meu Caminho Sanabrês, ou Mozárabe..., que foi minha quarta peregrinação a Santiago de Compostela e será apresentado em livro, inaugurando, quem sabe, uma nova série após a trilogia “Pedras do Caminho”.
Estou esperto e confiante. O Caminho estará me esperando? Santiago estará me chamando? Pelo sim, pelo não, me preparo... Buen Camino!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Se você perdeu o Viver Bem...

Janaína Hohne entrevista os
jornalistas Sandra Netto e Luiz Carlos

Quem perdeu no sábado 18 o programa Viver Bem, na TV Tribuna, afiliada da Rede Globo no litoral paulista, tem duas opções para conferir a reportagem sobre o Caminho de Assis a Santiago de Compostela: a versão “pirata” está no Yotube, por meio do link  https://www.youtube.com/watch?v=qk7ZnbjQ8D0&list=UUuG1rhrMIh9GMLJJehTeGHw ; e a versão original, no site da TV Tribuna, através do link http://redeglobo.globo.com/sp/tvtribuna/viverbem/videos/t/edicoes/v/programa-viver-bem-18102014/3708927/
Ah! A entrevista está no último bloco do programa, a partir dos 22’45’’.
Buen Camino!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Na TV, os passos do amor de Francisco

Viver Bem poderá ser visto por meio de link no site da TV Tribuna

O programa Viver Bem, da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo no litoral paulista, abordará o Caminho de Santiago neste sábado, 18 de outubro, às 11 horas, e é gigante a minha expectativa. A bem da verdade, não só minha, mas de minha amada Sandra – e, espero, dos amigos, peregrinos ou não, que me acompanham desde 2009 nas peregrinações pelos Caminhos de Santiago, sintetizadas na trilogia “Pedras do Caminho” (com dois livros já lançados) e na série que lhe dará continuidade e está sendo articulada, denominada “Descobrindo novos Caminhos”.
Frisei que a expectativa é gigante, pois o foco da reportagem será um Caminho inédito a Santiago de Compostela, ou melhor, “quase” inédito, pois se refere ao Caminho que Francisco peregrinou em 1214, portanto há exatos 800 anos, pelos 2.500 quilômetros de Assis, na Itália, até Santiago de Compostela, na Espanha.
Insisto no inédito, contudo, pois se trata de um Caminho sem registros, que não está totalmente documentado, por exemplo, num guia, com dicas de albergues, edifícios históricos, templos religiosos, enfim, como existe em relação a todos os conhecidos Caminhos de Santiago, alguns deles por mim já peregrinados, como o Francês, em 2009, o Português, em 2010, o Aragonês, em 2012, e o Sanabrês, em 2013.
Um Caminho inédito, que eu e minha Sandra percorremos em junho passado, não a pé – mas aproveitando para conferir a viabilidade de ser peregrinado a pé! –, e sim utilizando outros meios, como trem, ônibus e carro. Um Caminho que reforçou nossa fé e por meio do qual festejamos a célebre peregrinação de Francisco, perseguindo seus passos por cidades e pueblos nos quais é forte a tradição de que o poverello esteve sim por ali, e também reafirmamos nossos votos de amor, pela união de 30 anos.
Vou trabalhar para que este Caminho feito em companhia de Sandra seja editado em livro – e, quem sabe, inspire alguma editora ou mesmo peregrino a elaborar um guia específico. A convicção sobre a viabilidade do meu projeto editorial é fruto dos vários textos já escritos, que relatam diferentes registros dos passos de amor de Francisco e seus discípulos, de Assis a Santiago de Compostela, alguns já disponíveis no blog www.blogcomcebola.zip.net, outros que serão inseridos neste blog, além de farto material fotográfico produzido.
Para quem está no litoral paulista, a TV Tribuna é afiliada da TV Globo, canal 18 ou 518 em HD, da Net. O Viver Bem é apresentado de forma descontraída pela jornalista Janaína Hohne, que usa todo o seu carisma para convidar o telespectador a discutir uma vida melhor. Para quem está fora da região, será possível acessar o programa no link da TV Tribuna em http://redeglobo.globo.com/sp/tvtribuna/viverbem/videos
Buen Camino!

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O Caminho continua. Buen Camino!

Selo marca os 800 anos da peregrinação de Francisco,
de Assis a Santiago de Compostela
Pedras do Caminho de Santiago é uma continuação do Blog com Cebola (www.blogcomcebola.zip.net), que desde 2009 registra meu encanto com o Caminho de Santiago de Compostela, cristalizado na primeira peregrinação – em 2009, pelo Caminho Francês, desde Saint Jean Pied de  Port –, enfatizado na segunda – em 2010, pelo Caminho Português, desde Oporto –, reafirmado na terceira – em 2012, pelo Caminho Aragonês, desde Somport (até Puente la Reina) –, reforçado na quarta – em 2013, pelo Caminho Sanabrês, desde Zamora – e revigorado em junho passado.
Quem tiver interesse em saber tudo, ou quase tudo, que ocorreu nas quatro peregrinações fique à vontade para caminhar no Blog com Cebola. As duas primeiras, aliás, já foram consolidadas em livros nos dois primeiros volumes da trilogia Pedras do Caminho: “Meu Encontro no Caminho de Santiago de Compostela” e “Sentido do Perdão no Caminho de Santiago de Compostela”. Os exemplares podem ser solicitados pelo e-mail luizferraz@uol.com.br O terceiro volume, tendo como pano de fundo o Caminho Aragonês, ainda não tem título definitivo e está programado para ser lançado no primeiro semestre de 2015. E, claro, já avalio a oportunidade de publicar um livro sobre a peregrinação pelo Caminho Sanabrês, o que poderia vir a ocorrer em 2016 – quem sabe, meses antes de embarcar para Oviedo, de onde projeto iniciar minha peregrinação pelo Caminho Primitivo.
Meu retorno em junho deste ano à Europa, a bem da verdade, não se tratou de uma peregrinação como acredito que devam ser as peregrinações – solitárias, apenas você, sua mochila, suas botas e seu cajado, enfrentando os seus e todos os demônios, numa viagem mística mais para dentro do que para fora de si, ainda que as belas paisagens dos Caminhos de Santiago sejam magníficas e exijam olhos curiosos.
Desta vez, viajei em companhia da amada Sandra. Pronto, não foi uma peregrinação! A viagem visou celebrar os 30 anos de nossa união. Não era pouco, mas mesmo assim, para marcar a data, não poderia ser qualquer viagem. Passamos a desenhar o roteiro e surgiu a ideia de, além de comemorar nossos 30 anos e também iniciar minha companheira nos mistérios do Caminho de Santiago, também festejarmos o 8º centenário da peregrinação de Francisco, de Assis a Santiago de Compostela, realizada em 1214.
Ora, vamos fazer o Caminho de Assis a Santiago de Compostela!
A pé estava fora de cogitação. Afinal, a travessia da Itália, França e Espanha compreende mais de 2.500 quilômetros, o que exigiria cerca de 100 dias caminhando. Não tínhamos tempo, não estávamos preparados física e psicologicamente, enfim, iríamos viajar juntos. O roteiro, enfim, passou a ser traçado utilizando trem, ônibus, carros e, aqui ou ali – especialmente no trecho de Espanha, por onde já havia peregrinado – seria possível caminhar ao lado de Sandra e colocar nossos pés sobre as pedras do Caminho...
Este é o contexto de Pedras do Caminho.
Toda a preparação para a travessia de Assis a Santiago de Compostela está no Blog com Cebola. O trecho de Itália, também. Ao postar o trecho de França, contudo, a falta de espaço permitiu a inclusão apenas do texto, sem fotos. Inconformado, decidi paralisar o Blog com Cebola e passei a avaliar um novo espaço para continuar relatando minha relação com o Caminho de Santiago.