sexta-feira, 28 de abril de 2017

Convite à contemplação, à amizade e à vida!

Em minha exposição, o convite para cada um dos presentes se inspirar, se descobrir e descobrir os mistérios do Caminho de Santiago

Grande parceiro no lançamento de “Juntos no Caminho de Santiago, as pedras do Caminho Inglês”, o amigo jornalista Nelson Tucci preparou texto, publicado na edição de abril do jornal Perspectiva, que reproduzo abaixo. Amigo, mais uma vez agradeço seu delicado carinho e extrema competência. Na sequência, as fotos do evento, clicadas por Bruno Scarpa (tem uma do Joaquim Ordonez!) que também estão na edição de abril e no site do jornal em www.jornalperspectiva.com.br Buen Camino!

Nelson Tucci

Em algumas culturas, como a sul-africana, a chuva significa que os deuses estão te recebendo e abrindo as portas do céu. Pois foi com chuva que inúmeros amigos foram recepcionados em Santos, no sábado, 22 de abril – dia em que a historiografia oficial comemora o Descobrimento do Brasil. O encontro foi com Luiz Carlos Ferraz, editor do Perspectiva, e que, além de jornalista, se revela escritor e especialista nas coisas de Santiago de Compostela. A todos, em analogia à data, Ferraz convidou que cada um fizesse o seu descobrimento.
“Juntos, no Caminho de Santiago, As Pedras do Caminho Inglês” é mais uma obra, a sétima, do obstinado peregrino que busca incessantemente o encontro, um encontro dele com Deus – que, afinal, habita em cada um de nós –, democratizando um convite para que cada um se encontre consigo mesmo, fazendo explodir a centelha de um Ser mais harmonioso.
Enquanto nos provoca e induz à reflexão, o peregrino santista nos brinda com pequenas e inquietantes histórias, muitas vezes submersas no imenso legado cultural ocidental. Estarmos “Juntos no Caminho” é um privilégio que o jornalista divide com quantos estejam dispostos a se inspirar.
A centenária Igreja Anglicana de Santos, que tem como pároco o reverendo Leandro Antunes Campos, abriu as portas para o evento que amalgamou amizade, história, reflexão, viagem... Uma viagem ao longo de mil anos que o músico Wilson Melo nos incitou a fazer ao som da gaita primitiva galega. Viagem recheada de estórias e de muita História, entremeada com guerras medievais, reis anglicanos – Henrique VIII, entre estes – e, sobretudo, de contemplação.
Uma contemplação à vida que o escritor nos permitiu. Ao amigo Luiz, e a Sandra, sua fiel escudeira e companheira de tantas jornadas, o muito obrigado pela oportunidade de sentir a vida pulsando neste espaço-tempo que ocupamos.

Sandra relatou emoções de sua primeira peregrinação a Compostela

Reverendo Leandro Antunes Campos fez oração a Santiago: “(...) que tua Igreja se dedique continuamente à oração e à reconciliação de todos quantos estejam em discórdia e inimizade (...)”

Wilson Melo: peças medievais com sua gaita galega













Edson Gusmão

Durval Capp e Walkyria




Leda Maria Fonseca










Flávio Martins Zanin
Família Duppre, Hugo, Juliana e Victória




Cláudia Viana




Aciole Ferreira e
Cláudia










Tania Grizzi e
seu amado






Cristina Cavaleiro






João dos Santos


Valdemir “Tostex”

Nelson Tucci, que trouxe o filhão, e Maria Helena Domingues






Carmen Lúcia e a neta
Afonso Ferreira
















Regina Fornos



Isabel Randolph

Delton Menezes




Joaquim Ordonez







Sandra Netto e
Alzira Rodrigues
Sandra Netto, Pérsio de Abreu Cracel e esposa





Roberto Luiz
Barroso



Renato Martins Paes
e esposa

Fernando Palladini trouxe a Mamis

Valéria Monteiro


Paulo Mauá e Eduardo Ribeiro Filetti

Ana Beatriz e Ariomar Ferreira






George Peel

Leda Mendes Mondin e Sandra Netto

Diego Puline Fernandes e Matheus Puline Cabral


Luiz Carlos com
Luiz Carlos

Sandra Netto e Andreia
Puline dos Santos











Sandra Netto e Adriana Puline dos Santos





Leandro Ayres





Angela Gesteira, Sandra Netto e Guaraci Ferreira
Ronaldo Araújo




Walter Ferraz e Tatiana Puline dos Santos com filhos






Sandra Netto, Alda e Rev. Leandro Antunes Campos 

sábado, 15 de abril de 2017

Wilson Melo fará recital de música medieval

Wilson e a gaita galega: especializado em early music

O lançamento do livro “Juntos no Caminho de Santiago” – no dia 22 de abril, na Igreja Anglicana de Santos – terá recital do músico santista Wilson Melo, especializado em early music, ou música antiga. O gênero compreende a música medieval (500-1400), música do renascimento (1400-1600) e pode também incluir a música barroca (1600-1760).
Multi-instrumentista, Wilson Melo se apresentará com gaita de fole galega. O repertório será focado no período medieval, com destaque para peças do “Livro Vermelho de Montserrat”, escrito em torno do ano 1399. O livro está preservado no Mosteiro de Montserrat, nos arredores de Barcelona, na Espanha, e seu nome deriva da encadernação vermelha que recebeu no século XIX.
Para Wilson, será uma excelente oportunidade de divulgar um gênero musical muito interessante e que estabeleceu as bases para o desenvolvimento musical ao longo dos séculos. Segundo ele, há 43 músicas catalogadas, belas canções instrumentais, e que são valorizadas na execução com a gaita de fole galega.
Buen Camino!
#pedrasdocaminho

quarta-feira, 12 de abril de 2017

A tradição centenária da Igreja Anglicana de Santos

Igreja Anglicana de Todos os Santos foi consagrada em 21 de abril de 1918

A Igreja Anglicana de Santos – que acolherá no dia 22 a apresentação de “Juntos no Caminho de Santiago” –, se insere no contexto do livro na medida em a minha peregrinação e de minha amada Sandra foi realizada pelo tradicional Caminho Inglês – e, de uma forma bastante inusitada, desde Londres!
Como se sabe, a Igreja Anglicana foi criada na Inglaterra no século XVI a partir de um processo de oposição à Igreja Católica. Contudo, diferente de outras reformas, como a Luterana e a Calvinista, que foram amparadas por teólogos contra a linha adotada pelo clero católico, a Anglicana foi protagonizada pelo rei Henrique VIII, que decidiu se desligar de Roma ao ver negado seu pedido de divórcio ao Papa Clemente VI.
Independente de eventuais perseguições aos seus seguidores, o apóstolo Saint James, ou Santiago, sempre foi reverenciado na Inglaterra, com vários templos consagrados a ele. Aliás, o primeiro registro na credencial dos peregrinos foi feito na Saint James Church de West Hampstead...
A Igreja Anglicana registra mais de um século de atuação em Santos, com a chegada, em 1914, do Reverendo Arthur W. Allan, primeiro missionário anglicano com o objetivo de fixar residência. Nos anos seguintes, com o crescimento do trabalho de evangelização e a “Missão dos Marinheiros”, foi fortalecida a ideia de construção de um templo, o que passou a se concretizar com a doação de terreno pela E. Johnaton Co. Ltd., localizado na Praça Washington Luiz, no bairro José Menino, em frente ao Orquidário.
O projeto da igreja foi realizado em 1916 pelos arquitetos Walter B. Basset-Smith e Bertie Hawkins Collcutt e é inspirado na estética anglo-normanda. Com estilo neogótico vitoriano, o templo exibe uma planta em forma de cruz latina e na parte superior externa estão quatro cruzes celtas com flor de Liz, que ressaltam a universalidade da mensagem de salvação em Jesus Cristo e a sua realeza divina.
Construída durante 1917 e 1918 pela Companhia Construtora de Santos, do engenheiro Roberto Cóchrane Simonsen, a Igreja Anglicana de Todos os Santos foi consagrada em 21 de abril 1918, com a presença do Rev. Edward Francis Every, bispo responsável pelo Cone-Sul, Falklands e Brasil.
Os belos vitrais foram fabricados pela empresa Conrado – Vitrais e Cristais Ltda. Nas paredes laterais estão os apóstolos São Pedro e São Paulo e atrás do altar, da esquerda para direita, Jesus na Via Crucis auxiliado por São Sirineu. Na nave estão os patronos das ilhas britânicas, São Jorge (Inglaterra) e São David (Gales) à esquerda, Santo André (Escócia) e São Patrício (Irlanda) à direita; e ainda, Nossa Senhora e o menino Jesus à esquerda, e Jesus Bom Pastor à direita. Completam o conjunto artístico a Rosácea no Alto da Nave no portão principal e o púlpito homenageando os Evangelistas São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João.
O templo é equipado com um magnífico instrumento musical, um harmônio (“reed organ”) modelo Apollo, fabricado no início do século XX por Rushworth & Dreaper, de Liverpool.
No final da década de 1940, no mesmo terreno foi construída outra edificação, a casa pastoral ou moradia do reverendo, projetada por Domingues Pinto & Merlin Ltda., em estilo eclético com influência do hispânico (“missões”).
Os jardins complementam a paisagem e proporcionam um clima de paz e harmonia aos fiéis e visitantes.
Atualmente, a Igreja Anglicana de Santos tem como pároco o Reverendo Leandro Antunes Campos.
#pedrasdocaminho

Atrás do altar, vitrais mostram Jesus na Via Crucis auxiliado por São Sirineu

Projeto da igreja foi realizado em 1916 pelos arquitetos Walter B. Basset-Smith e Bertie Hawkins Collcutt e é inspirado na estética anglo-normanda