Amigos unidos por
Santiago: Carmen, Cristóbal e Pepa
Conheci o
jornalista Cristóbal Ramírez semanas antes de peregrinar o Caminho Inglês, em
junho de 2016. Pesquisava as melhores opções da tradicional rota de
peregrinação e encontrei no Facebook o grupo “Amigos del Camino Inglés” criado
pelo jornalista. Fui aceito e a partir daí passamos a trocar informações,
culminando com nosso memorável encontro, sob os auspícios da hospitaleira Maria
José Gonzalez, a Pepa, no Albergue de
Délia, em Sigüeiro.
Ao saber,
no início deste ano, que me preparava para lançar meu sétimo livro, exatamente
sobre a peregrinação pelo Caminho Inglês, Cristóbal me incentivou e aceitei
participar do II Certame Internacional de Investigação do Caminho Inglês,
promovido pelo Concello de Oroso. Escrevi uma versão compacta do livro, fiz a
tradução para o galego, e fui premiado em segundo lugar na categoria relato de
peregrinos. Experimentei a máxima de que “santo de casa não faz milagre” e
exultei de alegria pelo reconhecimento no universo jacobeo.
Com viagem
marcada para Espanha para peregrinar o Caminho Lebaniego, ainda tentei remarcar
a partida, e por questão de dias não pude estar presente à entrega do prêmio,
na qual me fiz representar pela amiga, a grande irmã que Santiago me deu, a
santiaguense Carmen Vazquéz Nolasco. Concluída a peregrinação, contudo,
acompanhado por Carmen, fui a Sigüeiro, agradecer os organizadores do evento
cultural e, claro, rever amigos...
Carmen, Leandro del Rio, Luis Villaverde, eu, Manuel Gómez, Beatriz e Pepa
Na
biblioteca do Concello de Oroso, onde funciona o Centro de Estudios e Investigación
del Camino Inglés, a recepção foi conduzida pela bibliotecária Beatriz Durán
Rodriguez. Havíamos apenas trocado e-mails e fiquei muito contente em
conhecê-la e sua delicadeza em aceitar a doação de um exemplar de “Juntos no Caminho
de Santiago, as pedras do Caminho Inglês”. Gentil, me presenteou com o recém-lançado
guia “Descrición do Camiño Inglés da Coruña a Compostela”, de autoria de Manuel
Pazos Gómez e Trese Barton. Na oportunidade conheci o conselheiro de Cultura de
Oroso, Luis Rey Villaverde, e o parabenizei pela iniciativa.
Chegou Pepa, para quem havia anunciado minha
visita, e fiquei muito feliz... A presenteei com o livro, que tem uma foto dela
no albergue com peregrinos.
Tiramos fotos
no auditório onde aconteceu a premiação, a qual infelizmente não compareci, e
fui informado que está programada a impressão de um livro com os trabalhos premiados
dos dois concursos já realizados para investigação do Caminho Inglês. Quem
sabe, uma excelente oportunidade de retornar a Sigüeiro!
Nas
despedidas, chegou Cristóbal. Não esperava vê-lo naquele momento, pois no dia
anterior havia marcado com ele, para o final da tarde, um encontro em
Compostela, na cafeteria do Hostal dos Reys Católicos. Pepa, contudo, armou tudo.
Vamos ao
café, agora! Presenteei Cristóbal com exemplar do livro. E o papo rolou solto,
com muitas histórias sobre a magia do Caminho, o meu primeiro encontro com Carmen,
em Laza, quando peregrinei o Caminho Sanabrês, em 2014, a bolha em meu pé que Pepa tratou no ano passado, assistida atentamente
pelos peregrinos curiosos, a visita de Cristóbal ao albergue, que relato no
livro... entre tantos assuntos.
Aquela
manhã ensolarada está cravada em meu coração. Obrigado, Carmen, obrigado, Pepa, obrigado, Cristóbal!
Cristóbal
despediu-se antes, para tratar da inscrição de crianças num acampamento de
férias. Eu e Carmen seguimos com Pepa
até o novo albergue de Sigüeiro, onde ela atua como hospitaleira enquanto se
organiza para retomar as atividades do tradicional Albergue de Délia, cujo nome
é uma homenagem à querida mãe.
Despedimos-nos
emocionados, certos de que um dia nos reencontraremos...
Na manhã
seguinte fui surpreendido com artigo de Cristóbal, que li no site La Voz de
Galícia, em www.lavozdegalicia.es/noticia/santiago/santiago/2017/06/21/span-langglluiz-carlos-ferrazspan/0003_201706S21C12991.htm,
e transcrevo abaixo:
“Luiz Carlos Ferraz
Por Cristóbal
Ramírez
21/06/2017
05h00
Cada uno
es cada uno, pero como el periodista brasileño Luiz Carlos Ferraz no hay otro.
Resulta difícil que lo hubiera en el pasado y es casi seguro que en el futuro
no lo habrá ni en su país, ni en este, ni en ningún otro. Hombre peculiar,
siempre sonriente, persona de y con fe, ni un pelo en la cabeza, edad media.
Reflexivo. Enamorado de las rutas de peregrinación, sobre todo del Camino de Santiago.
Ya ha recorrido rutas jacobeas en seis ocasiones. El año pasado («Foi a
primeira da minha amada esposa Sandra») hizo el Inglés desde Ferrol una vez en
territorio gallego (en realidad partió de Londres, bajó por Francia y llegó a
Ferrol, rumbo siempre a Compostela). Y escribió un libro, Juntos no Caminho de
Santiago. As pedras do Camiño Inglés, que acaba de ser publicado en Brasil. Se
suma, por cierto, a otros seis. Este es un relato de peregrinos a la vieja
usanza, contando vicisitudes, alegrías, dudas y esperanzas. Con unas buenas
fotografías. De él sacó -no textualmente, claro- los folios que presentó al II
Certamen Internacional de Investigación que convocó el Concello de Oroso, y
ganó un segundo premio.
Estos días
Luiz Carlos pateó el Camino Lebaniego, en Cantabria. Y al acabar se desvió a
Compostela a saludar a algunos amigos. Regresa mañana a su tierra. Pero ayer
encontró un hueco para desplazarse a Sigüeiro, ver a «su» hospitalera (había
parado en el Albergue Delia, ahora cerrado) y dirigirse al Centro de Estudios e
Investigación del Camino Inglés a entregar, de una manera sencilla, humilde y
solemne que le honra, un ejemplar de su libro para los fondos de ese organismo.
Irrepetible. Al colega brasileño, vaya adonde vaya, es de justicia desearle
Buen Camino, peregrino”.
Foi minha
primeira surpresa, pois, logo após ler “Juntos no Caminho de Santiago”,
Cristóbal preparou uma resenha do livro para o site Periódico del Camino, www.periodicodelcamino.com, em www.periodicodelcamino.com/se-publica-en-brasil-un-magnifico-diario-de-peregrinos-centrado-en-el-camino-ingles/,
que também transcrevo abaixo:
“Publicado en Brasil un magnífico diario de peregrinos
del Camino Inglés
23/06/2017
19:05
El
periodista brasileño Luiz Carlos Ferraz acaba de publicar en su país la guía “Juntos
no Caminho de Santiago, As pedras do Caminho Inglés”, un tradicional relato de
peregrinación muy bien impreso, con magníficas fotos (de su mujer, Sandra Luzia
Netto) y con una maquetación que recuerda a los libros antiguos. En sentido
estricto, y aunque el primer ejemplar no llegó a España hasta junio de este
año, fue la primera guía publica del Camino Inglés, anterior por muy pocas
semanas a la que sacó a la calle el Ayuntamiento de Oroso. La peregrinación de
este periodista y su esposa comenzó en Londres el año pasado, la sexta para él
y la primera para ella. Luiz Carlos Ferraz lo explica así:
“Após alguns meses de pesquisas, chegamos ao
consenso de que a viagem por mar, de algum porta do Inglaterra, por medio de um
moderno fery boat - e sob a ameaça de eventuais desconfortos - nao seria tao
interesante quanto viajar por terra. Em vez de água, água e água, o roteiro
mediante a travessí de França e Espanha seria máis atrativo para podermos
apreciar os valores culturais, artísticos, arqueitetónicos existentes nas
cidades.
Assim, ao elegermos um ponto emblemático inicial
do Caminho Inglés, começariamos em Londres (no hicieron todo el trayecto previo
a pie, sino que lo combinaron con el tren y el autobús), em algum lugar da
capital británica, e daí seguiríamos para París, com ánimo de fazer todo o
trajeto por terra. Mais, como caminhar a pé os cerca de 2.000 quilómetros até
Compostela? Seriam necessários, talvez, mais de 100 días!”.
Los
capítulos del libro llevan día y hora (empezando por las reflexiones
posteriores al inicio del viaje, aún en Brasil), convirtiéndose el texto así en
un auténtico diario. Un mapa (página 24) describe con exactitud el itinerario,
que en España abarca el Camino del Norte para desviarse en determinado momento
y dirigirse a Ferrol para acometer el Inglés.
“Chegamos de trem a Ferrol na manha de 13 de junho
prevendo permanecer dois dias na terra natal do ditador Francisco Franco para
nos prepararmos a nossa peregrinaçao a pé até Compostela. Vamos caminhar os
cerca de 120 quilómetros de itinerário em sete dias”.
No se
queja de la señalización (“Os sinais do
Caminho de Santiago sao muitos nas ruas de Ferrol”) y sella su credencial
en la Concatedral de Ferrol, y asegura que “os
relatos que se seguem revelam sentimentos, dúvidas, certezas…, e foram escritos
no calor da peregrinaçao pelo Caminho Inglés, de Ferrol a Santiago de
Compostela, durante sete dias, de 15 a 21 de junho de 2016”, según reconoce
el autor.
En suma,
un volumen con un gran valor actual pero que se irá incrementando con el paso
de los años, y, desde luego, el mejor relato de peregrinación que se ha escrito
y publicado hasta la fecha sobre el Camino Inglés.
El autor
mantiene activo un blog sobre las peregrinaciones”.
Sem palavras. Obrigado, Cristóbal
Ramírez!
Buen
Camino!
#pedrasdocaminho
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